SINTRAFJF nas ruas por juros baixos e pela saída de Campos Neto 
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SINTRAFJF nas ruas por juros baixos e pela saída de Campos Neto

Movimento sindical denuncia abuso na Selic; taxa de juros de 10,5% ao ano é criminosa!

Centrais sindicais, sindicatos e organizações se uniram nesta terça-feira (30) em um ato nacional contra a manutenção da taxa de juros do Banco Central (BC), a Selic.

Unidos por “Menos juros, mais empregos”, as manifestações também pediam a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto, aliado do ex-presidente Bolsonaro. O movimento denuncia que sua atuação à frente da instituição é de boicote ao projeto de retomada do crescimento do país, executado pelo governo federal.

Em Juiz de Fora, representantes do SINTRAF JF realizaram um ato em frente a uma agência do Banco do Brasil. Além dessa atividade, o sindicato também participou das agitações organizadas nas redes sociais. O objetivo das ações é alertar a população para os danos e impactos que os juros altos têm causado na vida dos cidadãos, sobretudo dos trabalhadores e dos mais pobres. 

De acordo com dados divulgados pela CUT, a taxa de juros atual é de 10,5% ao ano, a segunda maior do planeta. Os juros altos impedem mais investimentos produtivos, a geração de emprego e renda, intensificando a desigualdade entres ricos e pobres. 

Em fala no ato de hoje, a presidenta do SINTRAF JF, Taiomara Neto de Paula, denunciou: "os juros exorbitantes apenas favorecem os rentistas e os banqueiros. Já os trabalhadores sentem na pele os prejuízos quando vão comprar alimentos e buscar a realização do sonho da casa própria.".

O vice-presidente do Sindicato, Watoira Antônio, reforçou que "Campos Neto, com sua política de juros e de informações contraditórias, impede o Governo Federal de gerar mais empregos e mais crescimento econômico do país. A inflação está em queda, por que então manter os juros tão altos?", indagou.

A matéria publicada pela CUT afirma que "Não há justificativa para manter a taxa de juros em patamar tão elevado, dizem, de forma unânime, economistas ouvidos pela CUT e dirigentes sindicais.".

Justa crítica

“A quem o Banco Central serve?” Este foi um dos principais questionamentos levados à frente da sede do Banco Central, no ato realizado em São Paulo. 

A vice-presidenta da CUT Nacional e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramos Financeiro (Contraf-CUT), Juvândia Moreira, reforçou a crítica.

“A quem está servindo o presidente do Banco Central? Aos interesses de quem? Questionou Juvândia, para em seguida afirmar que “é aos interesses do 1% mais ricos da população”.

"Os juros altos prejudicam a geração de emprego, por isso não serve ao povo brasileiro. Quem é beneficiado é só o 1%, os super-ricos, o capital especulativo, os banqueiros. É a esse povo que Campos Neto está servindo.".

Em sua fala, Juvândia também cobrou a destituição do presidente do BC. “Fora Campos Neto porque ele foi colocado por Bolsonaro. Já ficou claro que está boicotando a economia e o povo brasileiro. Ele não pode, não serve para ser presidente do Banco Central. O Senado Federal tem que tirar ele de lá, fazer o impeachment porque ele não está cumprindo com seu papel. Quem está perdendo é o povo e está perdendo duramente”, disse a vice-presidenta nacional da CUT.

Além disso, ela complementou que a dívida pública brasileira poderia ser menor, não fosse o boicote de Campos Neto. “O orçamento público perdeu R$ 700 bilhões para pagar a dívida. Poderia ser bem menos e assim, ter mais dinheiro para saúde, educação e investimento produtivo”, finalizou Juvândia.

Reunião do Copom

A campanha contra os juros altos é realizada de forma permanente pela CUT e demais centrais sindicais, além de movimentos sociais. Os protestos desta terça-feira ocorrem por ocasião da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que define a taxa de juros a ser praticada no país.

As reuniões do Copom são realizadas a cada 45 dias.

Fonte: SINTRAF JF com informações da CUT.

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#JurosBaixosJá!