Fetrafi-MG e sindicatos se reúnem com o Bradesco para discutir a reestruturação e questões do seguro saúde 
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Fetrafi-MG e sindicatos se reúnem com o Bradesco para discutir a reestruturação e questões do seguro saúde

Reunião foi realizada nesta terça-feira, 2, em Belo Horizonte

Nesta terça-feira, 2 de abril, a Fetrafi/MG , em conjunto com os sindicatos filiados, se reuniu com representantes do Bradesco e da seguradora de saúde, em Belo Horizonte, para tratar do processo de reestruturação do banco do fechamento de agências e também de problemas enfrentados no seguro de saúde e odontológico.

Os trabalhadores foram representados pelo presidente da Federação, Carlindo Dias, Geraldo Rodrigues, representante efetivo da COE Nacional e demais representantes dos sindicatos filiados a Fetrafi-MG, como o Diretor de Assuntos Jurídicos do SINTRAF JF e funcionário do Bradesco, João Hilário de Souza Neto. Já pelo Bradesco, estiveram presentes a diretora de Relações Sindicais (SP-Matriz), Eduarda Cavalheiro, o também representante das Relações Sindicais, Eduardo, além dos representantes da seguradora.

Seguro saúde

Em janeiro deste ano, a Fetrafi-MG enviou um relatório ao banco em que cobrava melhorias na rede credenciada, inclusão de mais hospitais, clínicas e especialistas no atendimento às pessoas com Transtorno Espectro Autista (TEA). Em resposta, a Seguradora afirmou que está trabalhando na prospecção de novos profissionais ao seguro e que alguns problemas específicos que haviam sido reportados foram solucionados.

“Apesar dos avanços conquistados, temos sindicatos que se encontram com situações gravíssima quanto a falta de atendimento em hospitais credenciados, é necessário que o Bradesco realize mais investimentos na saúde das bancárias e bancários. Um banco que lucra tanto, tem condições de contratar um plano de saúde que realmente atenda às demandas dos trabalhadores, já que a própria instituição financeira tem responsabilidade no adoecimento da categoria devido às cobranças excessivas de metas e ao assédio moral”, afirmou Carlindo Dias, presidente da Fetrafi-MG

Saúde Dental

Na reunião, um representante da Odontoprev esclareceu que a rede está trabalhando na ampliação dos profissionais e clínicas odontológicas credenciadas, visando, principalmente, a inclusão dos municípios mais distantes dos grandes centros. Foi destacado, também, que a cobrança de aditivos financeiros na realização de procedimentos odontológicos é proibida e, mediante tal situação, o bancário deve realizar uma denúncia na central Bradesco Dental, pelo telefone 0800 702 9000.

Reestruturação

A Fetrafi-MG questionou os representantes do Bradesco sobre a reestruturação em curso, em temas como o fechamento de agências, remuneração variável, carreira fechada e contratação de mercado. A entidade cobrou melhor comunicação com os funcionários sobre o que se passa no banco.

Segundo o Bradesco, a restruturação teve que ser feita por questões como a pandemia, concorrência no mercado financeiro, pelas cooperativas, pela onda tecnológica, pelos juros altos praticados pelo Banco Central, PDD, entre outras.

O banco informou, ainda, que não colocou fim à carreira fechada e que continuam as promoções em todas as áreas. Explicou, ainda, que serão feitas contratações pontuais de mercado como duas que já estão em andamento para a área de Recursos Humanos e outra para a área digital.

Remuneração Variável/PDE

Segundo o Bradesco, o PDE continua em vigor e existem estudos para mudanças e melhorias. O Sindicato cobrou, na mesa, que a remuneração variável seja para todos os bancários e bancárias, sem distinção de cargo, tendo em vista que todos são responsáveis pelos resultados do banco.

Fechamento de Agências

Questionados sobre a transformação de agências em unidades de negócios, os representantes do Bradesco afirmaram que é realizado um estudo prévio antes da tomada de decisão e que a readequação não significa redução da força de trabalho. O banco assegurou, ainda, que todo o quadro de funcionários das agências fechadas é realocado para a unidade à qual foi incorporada, exceto gerentes gerais e administrativos, que podem ir para outros locais.

“É muito difícil entender um banco que lucra R$ 16,3 bilhões e continua reduzindo o quadro de funcionários e fechando agências no país inteiro. O Bradesco explica que está colocando em prática o plano de ação para melhorar sua performance junto ao mercado, mas exigimos que isso seja feito sem prejuízos às trabalhadoras e aos trabalhadores. Estamos acompanhando, para que o bancário e bancaria, não seja a parte mais prejudicada decorrente da reestruturação, afirmou Geraldo, representante da Coe Nacional.

Fonte: Fetrafi-MG com informações Seeb-BH.
Foto: Seeb-BH.