Diversidade: orgulho de ser quem se é! 
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Diversidade: orgulho de ser quem se é!

No SINTRAF JF o respeito à diversidade e a luta por direitos é prática cotidiana

Em um país onde a população LGBTQIA+ enfrenta dificuldades estruturais para acessar direitos básicos, como trabalho e educação, o compromisso com a inclusão é um passo na promoção da igualdade.

Para a diretoria do SINTRAF JF a defesa de mais oportunidades para as pessoas LGBTQIA+ é uma prática constante que reflete inclusive na formação do quadro de seus funcionários. Isso porque atualmente, da totalidade dos funcionários do Sindicato, 43% são pessoas LGBTQIA+. Se considerarmos também a representatividade de mulheres, quando o parâmetro é gênero, esse percentual sobe para 71%.

A presidenta do SINTRAF JF, Taiomara Neto de Paula, reforça que a atenção a diversidade no quadro é uma preocupação da gestão. É preciso ter diariamente o compromisso com o respeito e a inclusão para juntos tornarmos a sociedade mais justa.

Para os trabalhadores do sindicato, a questão da qualificação das pessoas LGBTQIA+ é um grande desafio. Isso porque as dificuldades que enfrentam ainda na adolescência, como preconceito, falta de apoio do núcleo familiar, geram como consequência a desqualificação da comunidade para o mercado de trabalho. O que impossibilita melhor colocação no mercado, oportunidades e condições dignas de vida e trabalho.

José Manoel Duque, ex-bancário e há mais de um ano no sindicato como funcionário, frisa que a entidade sempre abracou e apoiou a causa ao longo da história. Para ele uma grande preocupação é o fortalecimento de políticas públicas que apoiem a comunidade LGBTQIA+ ainda na juventude a fim de garantir que tenham oportunidades no âmbito da formação e posteriormente no mercado de trabalho. 

Na mesma direção, vai à avaliação da funcionária Cláudia Oliveira, há três anos no sindicato. Ela também pontua que denunciar as práticas de preconceito recorrentes nas empresas e em todas as esferas da sociedade devem ser uma prioridade permanente. "O preconceito marcou minha trajetória profissional, essa realidade de respeito que vivenciamos aqui no sindicato, infelizmente, não é realidade na maioria das empresas. Já fui demitida por julgarem que minha identidade prejudicava a imagem da empresa. Sofro triplamente por ser mulher, negra e lésbica.", relatou a funcionária. Cláudia destacou que o aumento da representatividade nos diversos segmentos culturais, artísticos, intelectuais e de poder contribui significativamente para as melhorias na qualidade de vida da comunidade. 

A diretoria do SINTRAF JF reafirma seu empenho na luta pelos direitos da população LGBTQIA+, sobretudo o direito à uma vida digna com trabalho, saúde e segurança. "Entendemos que é uma bandeira urgente, diante dos números terríveis, que revelam quão cruel e presente é a lgbtfobia em nosso país, levando inclusive a extermínio e exclusão das pessoas LGBTQIA+.", finaliza a direção do sindicato.