Dia do Aposentado: Homenagem e Denúncia ao Descaso do Itaú 
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Dia do Aposentado: Homenagem e Denúncia ao Descaso do Itaú

Por trás das jornadas intensas, dos desafios diários e das transformações no setor bancário, estão histórias como a de Aldebar Cesano Reis.

Neste Dia do Aposentado, o Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora presta uma justa homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras que dedicaram décadas de suas vidas à construção de uma categoria forte e combativa. Os bancários aposentados são protagonistas de conquistas históricas que impactaram não apenas sua categoria, mas também outras que se inspiraram em suas lutas para garantir direitos e dignidade.


Por trás das jornadas intensas, dos desafios diários e das transformações no setor bancário, estão histórias como a de Aldebar Cesano Reis. Ele iniciou sua trajetória no Itaú em 1982, como escriturário, e se aposentou em 2019 como gerente de contas, após 38 anos de serviço. “Quando comecei, não tínhamos benefícios como tíquete-alimentação ou participação nos lucros. Essas conquistas vieram de muita luta coletiva”, relembra.

Além de sua carreira no banco, Aldebar também atuou como dirigente sindical, dedicando-se à defesa de direitos que, infelizmente, ainda precisam ser reivindicados, mesmo na aposentadoria.

Plano de Saúde: Um Desafio Inaceitável

Apesar de anos de dedicação e contribuição, Aldebar e outros aposentados do Itaú enfrentam atualmente um dos maiores desafios de suas vidas: a manutenção do plano de saúde. Após o período de cinco anos garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, o banco cancelou a parcela de contribuição que mantinha nos planos familiares, obrigando os aposentados a migrarem para planos individuais com custos exorbitantes.

“Hoje, um plano individual custa R$ 3.335 por pessoa. Para um casal, o valor chega a R$ 6.670. É um gasto insustentável para a maioria dos aposentados”, denuncia Aldebar. Ele destaca que essa mudança é ainda mais cruel porque ocorre em um momento da vida em que os trabalhadores mais precisam de cuidados médicos.

A situação se agrava pela falta de transparência do banco em relação aos valores que eram subsidiados. Os aposentados, muitos com mais de 59 anos, estão buscando na Justiça e em atos públicos o reconhecimento de seus direitos.

Sindicato na Luta

O Sindicato dos Bancários tem apoiado as mobilizações e reforçado sua atuação em defesa dos aposentados, mas Aldebar acredita que ainda há espaço para ampliar as ações: “Estamos em uma briga ferrenha, com o apoio do Sindicato e de outras entidades. É essencial que a luta continue unindo aposentados e trabalhadores da ativa para garantir nossos direitos.”

Homenagem e Compromisso

Neste Dia do Aposentado, a homenagem aos bancários aposentados é acompanhada de um alerta: é preciso manter a mobilização e exigir que o Itaú reveja sua postura. “Os aposentados dedicaram décadas ao banco. É uma decepção que o Itaú não reconheça isso. Não vamos desistir. Assim como conquistamos direitos no passado, vamos lutar pelo que é nosso agora”, finaliza Aldebar.

Para Aldebar, a luta pelo plano de saúde não é apenas por justiça, mas pelo reconhecimento da dignidade e do legado de uma categoria que sempre esteve na linha de frente das conquistas trabalhistas.